O conteúdo programático desta atividade é ancorado no gênero textual fábula, que permite uma exploração rica e multifacetada de narrativas curtas que transmitem lições morais. Os estudantes serão introduzidos a uma variedade de fábulas, provenientes tanto do acervo clássico como de diferentes culturas, promovendo, assim, a diversidade cultural e o respeito à pluralidade de perspectivas. As fábulas escolhidas exemplificam princípios morais universais que estimulam os alunos a refletirem criticamente sobre comportamento e ética. A atividade contempla a leitura, interpretação e reinterpretação das narrativas, abordando não apenas a compreensão do texto lido, mas também a capacidade de transmitir sua essência através de diferentes formas de expressão – como debates e apresentações criativas. Dentro deste contexto, o conteúdo programático não se restringe ao domínio da Língua Portuguesa, mas almeja estimular competências socioemocionais e capacidade de pensamento crítico sobre valores universais e comportamentais.

A atividade proposta adota metodologias que, embora não explícitas nas aulas individuais, proporcionam um envolvimento dinâmico e participativo dos alunos. A leitura colaborativa de fábulas fomentará um ambiente de aprendizado coletivo que incentiva a troca de ideias e a escuta ativa, essenciais para o desenvolvimento do pensamento crítico e argumentativo. Apesar de não se utilizar explicitamente metodologias ativas pré-definidas, o 'círculo de conversas' contribui para a autonomia dos estudantes, incentivando-os a expressar e justificar seus pontos de vista de maneira articulada, enquanto a etapa final de criação da apresentação atribui o protagonismo ao aluno, exigindo iniciativa pessoal e planejamento colaborativo. A ausência de metodologias ativas definidas nas aulas iniciais encontra nos próprios alunos o motor para um aprendizado autônomo e significativo, permitindo que cada um explore seu estilo único de expressão através de atividades diversificadas.

O cronograma da atividade foi projetado para ser implementado em três aulas de 50 minutos cada, permitindo uma progressão gradual e sustentável através das diferentes etapas do aprendizado. Na primeira aula, os alunos são introduzidos às fábulas por meio de uma leitura coletiva, onde se criarão bases comuns para discussões futuras. No segundo encontro, os estudantes participam de um círculo de discussão que promove o diálogo aberto sobre o impacto e a moral das histórias lidas, exercitando, assim, a análise crítica e a argumentação oral em um contexto seguro e respeitoso. A terceira e última aula é dedicada à apresentação individual ou em pequenos grupos de uma fábula de escolha dos alunos, que deverão realizar uma adaptação criativa do texto abordado, considerando a narrativa e os personagens. Este cronograma é desenvolvido de maneira a garantir que os alunos tenham tempo adequado para refletir, colaborar e expressar suas ideias de forma autônoma.

Para a realização desta atividade, serão utilizados recursos que favoreçam tanto a leitura quanto o registro de ideias e a expressão criativa dos alunos. Durante a leitura das fábulas, será importante o uso de livros físicos e, quando possível, versões digitais com suporte visual, que permitam um maior envolvimento dos alunos com o conteúdo. Além disso, materiais como papel, lápis coloridos e cartolinas estarão disponíveis para que os alunos possam elaborar cenários ou personagens para suas apresentações, proporcionando uma experiência prática e sensorial. Reforçamos o valor pedagógico de suficiência de recursos acessíveis, que não apenas enriquecem a compreensão e a expressão dos alunos, como também incentivam a criatividade e autonomia, fundamentais para o êxito da atividade.

Compreendemos a carga de trabalho dos professores, especialmente em práticas de inclusão e acessibilidade que, no entanto, são essenciais para um ambiente de aprendizado equitativo. Neste plano, recomenda-se oferecer escolhas múltiplas para leituras – visuais e auditivas – para acomodar diferentes estilos de aprendizagem, sem onerar recursos financeiros. Estratégias propõem-se a depender de espaços onde o diálogo e a escuta ativa sejam incentivados, possibilitando a todos a oportunidade de participação equitativa e respeitosa. Assim, a comunicação acionando diferentes canais e a avaliação feita também por múltiplos meios garantem respeitar a diversidade cognitiva, cultural e social da turma, sem a necessidade de adaptação dispendiosa dos materiais, mas principalmente através do reconhecimento da singularidade de cada aluno.