O conteúdo programático da atividade abrange o estudo da escravidão no Brasil desde sua introdução até a abolição. Este percurso histórico permite que os alunos notem a evolução das relações sociais e políticas, bem como a resistência dos escravizados e as campanhas abolicionistas. As discussões permitirão a análise crítica de documentos históricos, compreensão das datas e eventos significativos e a reflexão sobre as consequências sociais e políticas da escravidão para a sociedade atual. Em paralelo, a atividade incorpora habilidades de pesquisa, reflexão e contextualização, oferecendo aos alunos uma visão abrangente das mudanças sociais ao longo do tempo. A linha do tempo organizada no chão é uma representação visual que auxilia significativamente na compreensão auditiva e espacial dos conceitos históricos discutidos.

A metodologia adotada privilegia o aprendizado colaborativo por meio de uma abordagem prática e interativa, onde os alunos se tornam agentes ativos do próprio aprendizado. O uso de agrupamentos encoraja o trabalho em equipe, cooperação e construção conjunta de conhecimento. A ausência de recursos digitais durante as atividades estimula o foco e a participação direta nas tarefas propostas. A linha do tempo física auxilia na percepção sequencial dos eventos históricos, proporcionando uma experiência educacional tátil e visual que reforça a retenção de informações. A aprendizagem baseada em jogos utilizada nesta atividade atende a diferentes estilos de aprendizagem e é especialmente eficaz para a faixa etária, pois ativa o engajamento e a curiosidade, tornando o aprendizado significativo e prazeroso.

A atividade será realizada em uma única aula de 60 minutos, cuidadosamente planejada para garantir que todos os objetivos de aprendizagem sejam alcançados nessa faixa de tempo. A aula é dividida em momentos específicos: instruções e divisão dos grupos; pesquisa e organização dos cartões na linha do tempo; apresentações e discussões. É crucial que os alunos recebam orientações claras e exemplos práticos logo no início, para que se sintam seguros ao longo da atividade. O cronograma precisa considerar pausas para que os alunos possam processar e internalizar as informações, além de criar espaço para reflexões e perguntas ao final da sessão, garantindo assim um fechamento coerente e significativo à atividade proposta.

Os recursos utilizados na atividade são pensados para enriquecer o aprendizado sem a necessidade de tecnologias digitais, promovendo a experimentação prática e colaborativa. A linha do tempo física e os cartões utilizados proporcionam uma experiência tátil e visual, facilitando a compreensão dos conceitos históricos para os alunos. Materiais básicos, como papel, canetas coloridas e imagens impressas, são suficientes para a realização plena da atividade, sendo acessíveis e sem alto custo. Esses recursos possibilitam também a personalização do aprendizado, pois os alunos podem contribuir diretamente na montagem da linha do tempo e escolha de cores e disposições. Este caráter tangível auxilia a fixação do conteúdo de maneira lúdica e é especialmente benéfico para alunos com dificuldades de atenção, pois mantém o foco na tarefa.

Reconhecemos o papel desafiador do professor em seu cotidiano, no entanto, é essencial assegurar que estratégias de inclusão estejam presentes para garantir que todos os alunos possam participar e beneficiar-se plenamente da atividade educativa. Adaptar os recursos e estratégias pedagógicas para atender às demandas individuais dos alunos com TDAH e com transtorno do espectro autista é crucial. Por exemplo, para os alunos com TDAH, o ambiente pode ser organizado de forma a minimizar distrações, enquanto tarefas claras e estruturadas ajudam a manter o foco. Já para alunos com autismo, pode ser benéfico utilizar regras visuais e cronogramas que auxiliem na compreensão dos passos a serem seguidos. Promover a integração sensorial com materiais táteis e visuais contribui para a inclusão de todos. Além disso, encorajar a comunicação não-verbal e o uso de gestos durante as apresentações pode apoiar aqueles que se comunicam de maneiras diversas. Observamos que as dinâmicas de grupo devem ser estruturadas de modo a promover a interação social respeitosa e estimular a empatia entre os colegas.