O conteúdo programático da atividade 'Exploradores do Campo e da Cidade!' é amplamente fundamentado nos conceitos de geografia, especificamente abordando as dinâmicas entre campo e cidade, e o êxodo rural. Com foco nas paisagens naturais e antrópicas, os alunos serão introduzidos aos temas de migração e seus impactos econômicos e culturais na sociedade. Este contexto será explorado através de estudos práticos e discussões que incluem a compreensão das relações ecológicas, fluxos econômicos, sustentabilidade e conservação. A prática direta com a horta escolar permitirá que os alunos vivenciem e analisem criticamente as ações humanas no ambiente, influenciando positivamente a conservação das paisagens. Além disso, trabalharão questões de organização espacial para o plantio, uso de recursos naturais e a distribuição justa e eficaz das tarefas dentro dos grupos, facilitando a inserção de conhecimentos geográficos de maneira prática e efetiva.

A metodologia proposta para esta atividade integra abordagens interdisciplinares que envolvem a aprendizagem prática e experiencial por meio do plantio de uma horta escolar. Os alunos trabalharão em grupos, o que reforçará competências sociais como cooperação e liderança, promovendo assim um aprendizado conjunto e colaborativo. A atividade também reserva momentos para discussão e reflexão sobre os conceitos de geografia envolvidos, como a relação campo-cidade e o impacto da migração. Desta forma, os estudantes não apenas aprendem sobre os temas propostos, mas também são incentivados a aplicar tais conceitos em práticas diárias e em contextos reais. As diferentes etapas da atividade serão desenvolvidas de forma a permitir liberdade criativa aos alunos, facilitando o engajamento ativo e a motivação ao longo do projeto. Assim, adotando-se metodologias ativas que estimulam a participação e protagonismo estudantil, além de integrar práticas pedagógicas inclusivas e diversificadas.

A atividade será realizada em uma aula de 60 minutos. Durante esta aula, cada grupo de alunos assumirá responsabilidade por um espaço da horta escolar, realizando o plantio de vegetais e flores típicos de paisagens rurais. O cronograma contempla momentos de organização dos materiais, plantio, discussão sobre os temas abordados e uma breve reflexão final sobre a atividade prática. Isso permitirá que os alunos compreendam a totalidade do processo, desde a preparação do solo até o plantio e cuidado das plantações. A estrutura de tempo dividida com precisão assegura que todos os alunos participem ativamente, exercendo diferentes papéis, seja na escolha das sementes, seja no planejamento do espaço de plantio e no cuidado contínuo dos vegetais e flores ao longo do tempo. Assim, garante-se uma experiência de aprendizagem completa e integrada a realidade prática e teórica dos temas abordados na aula.

Os materiais e recursos utilizados na atividade são planejados para serem práticos e acessíveis, promovendo um ambiente de aprendizagem rico e estimulante. A produção de uma horta escolar envolve sementes, solo, ferramentas básicas de jardinagem, água, compostagem se disponível, além de material impresso e digital sobre plantio e sustentabilidade. Utilizando recursos didáticos inovadores, como aplicativos para registro do crescimento das plantas ou vídeos educativos que abordem a relação cidade-campo, os alunos podem ampliar seu entendimento de forma visual e interativa. Além disso, o uso de diários de campo, simples cadernos onde os estudantes anotam sua experiência, potencializa a reflexão e análise crítica sobre o processo de plantio e crescimento das plantas. Um projetor multimídia para apresentar slides com o calendário agrícola e explicações visuais facilitará a contextualização dos conceitos teóricos abordados durante a aula.

Reconhecemos os desafios diários que o professor enfrenta e destacamos a importância de estratégias inclusivas na educação, para garantir uma participação efetiva de todos os alunos na atividade proposta. Para alunos com TDAH, considera-se intensificar o uso de cronogramas visuais e checklists que os ajudem a manter o foco e a organização, além de permitir movimentos de intervalo regulares para evitar a sobrecarga. A comunicação deve ser clara e direta, assegurando que instruções e expectativas sejam compreendidas facilmente. No caso dos alunos com transtorno do espectro autista (Nível 1), é essencial a preparação de uma rotina estruturada para a atividade de plantio, utilizando recursos visuais para apresentar as etapas de forma simples e descritiva. Será necessário um ambiente tranquilo e um canto no jardim ou sala onde possam trabalhar em um grupo menor se desejarem, assegurando seu conforto social. Recomendações para ambos os grupos incluem técnicas de modelagem social, como o uso de papéis de liderança cuidadosamente definidos, para incentivar a interação social de forma confortável. Além disso, um acompanhamento contínuo e feedback positivo são fundamentais para monitorar o progresso desses alunos, adaptando a atividade conforme necessário e celebrando cada avanço individualmente.