O conteúdo programático desta atividade inclui fundamentos de biodiversidade, práticas de cultivo e suas aplicações ecológicas e nutricionais. À medida que os alunos planejam e implementam a criação de uma horta diversificada, eles se envolvem com questões relevantes sobre a importância da diversidade cultural e a sustentabilidade ambiental. A pesquisa sobre as plantas proporciona exposição a um amplo espectro de conhecimentos sobre diferentes climas e ecossistemas, bem como sobre como plantas são selecionadas e cultivadas para consumo humano. Esses conhecimentos são essenciais para a formação de uma consciência ambiental crítica e ativa. Além disso, o uso sustentável dos recursos naturais e a reflexão sobre questões ecológicas e culturais ligam necessariamente esta atividade a questões globais urgentes e prementes, permitindo que os alunos compreendam sua relação com o mundo que os cerca.

Para garantir o máximo engajamento dos alunos e promover a aprendizagem ativa, a atividade será realizada utilizando metodologias que enfatizam a mão na massa e envolvimento prático. A base do método será a Aprendizagem Baseada em Projetos, permitindo que os alunos definam seus próprios objetivos de pesquisa e métodos de estudo. A saída de campo representará uma experiência prática integral, onde o contato com o mundo real solidifica e contextualiza os aprendizados escolares. Ao permitir que os estudantes contem com suas percepções e ideias na escolha das plantas para a horta, reforça-se a autonomia e o protagonismo dos alunos no processo de aprendizagem. A interação colaborativa será promovida para o desenvolvimento de habilidades sociais, análises críticas e a aplicação prática de conceitos científicos aprendidos em sala de aula.

A atividade está estruturada em duas etapas principais, cada uma com duração de 120 minutos, para garantir tempo suficiente para que os alunos se engajem a fundo em cada fase do projeto. Na primeira aula, será dedicada ao planejamento e pesquisa, onde os alunos compreenderão quais plantas são adequadas e relevantes, e como estas podem ser cultivadas na horta escolar. Esta fase envolve discussões em grupo, consultas a fontes variadas sobre biodiversidade e sustentabilidade, e desenvolvimento de um plano de execução. Na segunda aula, os alunos participarão de uma saída de campo a um mercado de plantas ou fazenda local, proporcionando-lhes a oportunidade de observar práticas de cultivo reais e coletar as mudas necessárias para iniciar a horta. Este contato direto com a natureza e as práticas agrícolas vitais promove o entendimento da diversidade ecológica e também da aplicação prática dos conceitos aprendidos.

Os recursos para esta atividade incluirão uma variedade de materiais e tecnologias para apoiar tanto o aprendizado teórico, quanto prático. Serão utilizados livros e artigos científicos, recursos online confiáveis para pesquisa, e material audiovisual para demonstração dos conceitos. Placas de identificação para as plantas, ferramentas básicas de jardinagem, como pás e regadores, e suporte educacional em forma de aplicativos que auxiliem na identificação de espécies vegetais, também serão proporcionados. Todos os materiais são escolhidos para enriquecer a experiência de aprendizado prático e facilitar uma conexão mais profunda com o conteúdo da aula, promovendo a integração entre tecnologia e a natureza.

Sabemos que o aumento da carga de trabalho dos professores é uma realidade desafiadora, mas é essencial abordar a inclusão e a acessibilidade para garantir uma educação equitativa. A atividade planejada busca, em primeiro lugar, ser acessível a todos os alunos, independentemente das suas condições, respeitando suas individualidades e ritmos. Por essa razão, sugerimos práticas inclusivas, como a digitalização de materiais que permitirão aos alunos revisitarem o conteúdo em casa, conforme suas necessidades. Incentivar a comunicação aberta sobre quaisquer dificuldades percebidas permitirá ajustes em tempo real no projeto para garantir a eficácia da participação de todos. Na saída de campo, atente-se aos requerimentos físicos do local, garantindo que sejam acessíveis a todos. Esta abordagem não só promove um ambiente seguro e respeitável, mas também faz com que todos os alunos se sintam parte integrante do processo de aprendizagem.