O conteúdo programático é delineado para oferecer uma visão abrangente e prática dos conceitos fundamentais da Geometria para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. Inicialmente, a construção de figuras tridimensionais com materiais acessíveis proporciona uma experiência de aprendizado tangível que facilita a internalização de conceitos abstratos como vértices, arestas e faces. Na etapa posterior, ao integrar um componente lúdico através de um jogo de tabuleiro, aplicam-se os mesmos conceitos numa dinâmica que incentiva a reflexão crítica e o raciocínio lógico. Assim, cada fase do plano é projetada para solidificar o entendimento das formas geométricas tridimensionais de modo articulado, promovendo ainda habilidades sociais através do trabalho em equipe e resolução de problemas.

O plano de aula adota uma metodologia que promove a aprendizagem prática e intervencionista, utilizando-se de metodologias ativas que facilitam a construção do conhecimento de forma significativa. Na primeira aula, o uso de palitos de picolé e massinha permite às crianças uma abordagem lúdica e concreta dos conceitos geométricos, encorajando a experimentação e o erro como parte do processo de aprendizagem. Este método hands-on se alinha bem à faixa etária, pois dá espaço para que os alunos materializem seus intuitos matemáticos. Já a segunda aula, por meio de um jogo de tabuleiro, incentiva a aprendizagem baseada no lúdico, onde o desafio intelectual propõe uma abordagem proativa na resolução de problemas e respeito às regras do jogo. Ambas as etapas incentivam o diálogo, a colaboração e o compartilhamento de aprendizagens entre pares, uma vez que as etapas de discussão e construção exigem troca constante de ideias e soluções.

O cronograma da atividade contempla duas aulas de 60 minutos, estruturadas para otimizar o tempo e o envolvimento dos alunos. A primeira aula será focada na atividade prática, onde os alunos constroem formas geométricas tridimensionais usando palitos de picolé e massinha, o que ocupa um tempo maior devido à necessidade de manuseio e atenção aos detalhes. Este segmento permite uma introdução ao conteúdo de maneira direta e envolvente, ao mesmo tempo em que já promove a primeira interação coletiva na discussão dos elementos geométricos observados. Na segunda aula, a atenção é voltada para a consolidação dos conceitos através de um jogo de tabuleiro, concebido para retomar, reforçar e integrar esses aprendizados de forma divertida e desafiante. Cada etapa do cronograma é cuidadosamente planejada para ampliar o potencial de retenção do conteúdo, investindo no engajamento ativo e reflexivo dos estudantes, o que é essencial para um aprendizado mais duradouro e significativo.

Os recursos para a execução deste plano de aula foram selecionados com o propósito de serem acessíveis e eficazes na facilitação dos objetivos de aprendizagem. Materiais como palitos de picolé e massinha são de baixo custo, fáceis de encontrar e, mais importante, oferecem uma abordagem prática para a exploração geométrica. O jogo de tabuleiro pode ser confeccionado com materiais recicláveis, incentivando uma consciência ambiental e proporcionando um engajamento mais profundo com a construção dos materiais de aprendizagem. Projeções de slides ou cartazes com imagens das formas geométricas podem auxiliar alunos visualmente e reforçar a aprendizagem durante o jogo. Tecnologias como tablets ou celulares (com supervisionamento) podem ser considerados para capturar fotos dos modelos construídos, favorecendo um portfólio digital da atividade. Tais recursos garantem que o aprendizado seja dinâmico, motivador e inclusivo, aproveitando diversas áreas de influência das crianças.

Entendemos que a tarefa do presente é somada à carga de trabalho e responsabilidades que os educadores já enfrentam diariamente. No entanto, a inclusão e a acessibilidade não são apenas metas a serem perseguidas, mas valores essenciais a serem vividos. Para esta atividade, sugerimos que, apesar da simplicidade, permaneça inclusiva para toda a turma. A operação com palitos de picolé e massinha permite adaptações facilitadas para quem possui limitações motoras que encontrem em estratégias sensoriais um melhor acesso. Uma abordagem comunicacional inclua métodos visuais, auditivos e kinestésicos, promovendo o entendimento mútuo, independentemente do estilo de aprendizagem predominante em cada aluno. Considerar o espaço disponível para que todos os alunos participem ativamente, assegurando que a movimentação não traga constrangimentos físicos. Sinais de alerta, como socialização reduzida ou resistência à atividade, devem ser tratados com práticas de intervenção que priorizem a empatia e o respeito pelas diferenças culturais e sociais. Considere o feedback contínuo às famílias, comunicando estratégias e avanços, pois isso promove um ambiente seguro e íntegro. Ao longo do tempo, ajustes podem ser incorporados buscando garantir que todos os alunos desenvolvam suas habilidades no mais puro balanço entre pertencimento e autonomia.