O conteúdo programático desta aula aborda as interseções da ética com a tecnologia, utilizando casos contemporâneos para ilustrar as consequências e dilemas morais apresentados por avanços tecnológicos. Exploraremos conceitos filosóficos como ética aplicada, moralidade e responsabilidade social em relação ao uso de tecnologias. O foco será dado a temas como inteligência artificial, privacidade e vigilância, e como essas questões impactam a moral pública e individual. Os alunos também discutirão a evolução tecnológica e suas implicações para a dignidade humana e os direitos fundamentais.

A metodologia é baseada em uma abordagem ativa de aprendizagem que promove a participação dos alunos por meio de debates estruturados semelhantes a jogos. Essa metodologia ativa estimula a cooperação e a competição saudável entre os alunos, permitindo que eles explorem e discutam ideias dentro de um quadro de respeito e entendimento mútuo. Com base no método socrático, que incentiva indagações profundas e questionamentos críticos, cada grupo de alunos receberá um caso para discutir e depois defendê-lo perante a turma. Essa abordagem não só melhora as habilidades de comunicação e pensamento crítico dos alunos, como também encoraja o protagonismo estudantil, permitindo que eles dirijam seu próprio processo de aprendizagem por meio de pesquisa e discussão autônomas.

O cronograma da aula consiste em uma única sessão de 60 minutos, onde será aplicada a metodologia de Aprendizagem Baseada em Jogos. Esse formato foi escolhido para maximizar o engajamento dos alunos e permitir uma imersão completa no debate. Durante essa sessão, a aula começará com uma breve introdução ao tema pelos alunos, seguida da divisão em grupos para a análise do caso. Após essa fase, haverá uma apresentação dos argumentos de cada grupo, finalizando com um debate coletivo e uma síntese dos principais pontos discutidos. Esta estrutura permite uma exploração eficaz e dinâmica do tema proposto, facilitando a construção de conhecimento de maneira coletiva e integrada.

Para a realização da atividade, os materiais utilizados serão primariamente não digitais, em função das restrições tecnológicas específicas. Serão necessários textos impressos dos casos para análise, papéis para notas e escrita de argumentos, e materiais de suporte, como quadros brancos e marcadores, para a organização das ideias durante o debate. Com esses recursos, os alunos poderão estruturar suas análises de forma visual e interativa, conseguindo assimilar melhor as diferentes perspectivas apresentadas ao longo da atividade.

Entendemos que o dia a dia do professor é cheio de desafios e demandas. No entanto, para assegurar que todos os alunos tenham acesso equitativo à educação proporcionada por esta atividade, apresentamos algumas recomendações práticas de inclusão e acessibilidade que não demandam muitos recursos ou tempo excessivo, dadas as condições atuais dos alunos, que não apresentam necessidades específicas. Considerações devem ser tomadas em sala de aula para garantir que as atividades sejam acessíveis e inclusivas para todos os alunos. Incentivar o trabalho em pares ou pequenos grupos pode ajudar a promover um ambiente colaborativo e de apoio, permitindo que os alunos construam juntos as suas argumentações. Criar um espaço seguro onde todas as opiniões possam ser expressas respeitosamente também é crucial. Professores devem ficar atentos a possíveis sinais de desconforto ou dificuldades sociais entre os alunos, oferecendo apoio emocional e acadêmico quando necessário. Caso surjam dúvidas ou desconfortos em relação a algum tema, o professor pode intervir de forma a equilibrar a discussão e garantir respeito e empatia no ambiente educativo.