A História das Artes Modernas em Minas Gerais é um tema que apresenta um rico panorama de transformação cultural e artística, permeado por influências regionais, nacionais e internacionais. Durante a exploração desse conteúdo, os alunos poderão identificar o surgimento de expressões artísticas inovadoras que romperam com as tradições clássicas, como é o caso da Semana de Arte Moderna de 1922, que teve impacto em todo o Brasil, inclusive em Minas Gerais. Essa tendência provocou a emergência de movimentos artísticos que buscavam uma identidade criativa mais alinhada com a realidade do país e do próprio estado. Por exemplo, a cena modernista mineira foi profundamente influenciada por artistas como Guignard e seu papel na Escola Guignard, que se tornou um ponto de convergência para jovens talentos e um caldeirão de novas idéias e técnicas. O estudo desta história também enfoca as mudanças estruturais na sociedade mineira e como elas se refletiram nas artes visuais. As transformações socioeconômicas do estado, como a urbanização e a modernização industrial, proporcionaram um novo contexto para a produção artística. A interação entre o antigo e o moderno em cidades históricas como Ouro Preto e Belo Horizonte é um exemplo prático que ilustra bem essa transição. Durante as aulas, os alunos serão incentivados a investigar como esses fatores históricos influenciaram aspectos estéticos das obras produzidas nesse período, identificando elementos recorrentes e inovações formais nas produções locais. Em atividades práticas, eles poderão, por exemplo, comparar obras que refletem influências académicas do início do século XX com criações que incorporam elementos modernistas, discutindo mudanças estilísticas e conceituais que caracterizam essa época vibrante da história mineira.

No contexto do conteúdo programático sobre 'Movimentos artísticos significativos e seus representantes', o foco estará em familiarizar os alunos com os principais movimentos artísticos que emergiram em Minas Gerais durante a era moderna. Isso incluirá uma exploração de movimentos como o Modernismo Mineiro, que ganhou destaque com a influência de artistas como Alberto da Veiga Guignard. Os alunos terão a oportunidade de analisar como Guignard utilizou elementos regionais e culturais em suas obras, mesclando traços europeus com a essência brasileira, contribuindo para um estilo único que impactou significativamente a arte local e nacional.

Além do Modernismo, outros movimentos também serão abordados, como o Barroco mineiro revisitado por artistas modernos e a influência da arte contemporânea nas décadas de 60 e 70. Neste âmbito, nomes como Amilcar de Castro e Lygia Clark, apesar de sua forte ligação com o neoconcretismo, também serão discutidos em termos de sua influência em Minas Gerais, enfatizando a importância do questionamento e da inovação. As atividades práticas e discussões em sala se concentrarão não apenas em identificar características distintivas desses movimentos, mas também em compreender como cada artista refletiu e desafiou as normas sociais e estéticas de seu tempo, encorajando os alunos a apreciar e interpretar de maneira crítica as distintas expressões artísticas.

O item sobre Técnicas de colagem e montagem visual visa introduzir os alunos às práticas básicas e avançadas de colagem, explorando tanto a sua potencialidade expressiva quanto suas aplicações práticas. Inicialmente, os alunos serão introduzidos aos materiais essenciais, como tesoura, papel de diferentes texturas, cola, revistas e jornais antigos. A partir de exemplos práticos, serão demonstrados métodos básicos de recorte e sobreposição, onde os alunos poderão experimentar o agrupamento de imagens e palavras para criar narrativas visuais que dialogam com suas percepções do tema abordado.

No desenvolvimento da atividade, a ênfase será dada à liberdade criativa, incentivando cada aluno a selecionar cores, formas e expressões que reflitam suas interpretações pessoais. Técnicas mais avançadas poderão ser exploradas, como a utilização de técnicas mistas, onde o desenho e a pintura são incorporados à colagem, proporcionando uma rica diversidade de texturas e efeitos visuais. Estímulos para que os alunos reinterpretarem obras conhecidas ou criem suas próprias peças autorais ajudam a consolidar a compreensão da montagem visual não apenas como um método artístico, mas como uma ferramenta de comunicação pessoal e expressão emocional. Amostras de artistas regionais que utilizaram colagem serão apresentadas para reforçar a conexão com movimentos modernistas em Minas Gerais, ilustrando como essa técnica pode ser empregada em diferentes contextos históricos e estilísticos.