O conteúdo programático desta atividade abrange a exploração de sons do cotidiano como elementos musicais, a identificação de características sonoras únicas e o desenvolvimento de uma peça musical coletiva. A proposta incentiva os alunos a repensarem suas percepções sobre os sons que os rodeiam, incentivando a transformação de barulhos comuns em música instigante e criativa. O trabalho coletivo na organização de uma sinfonia proporciona o desenvolvimento de habilidades de escuta ativa e senso crítico, ao mesmo tempo em que fomenta a apreciação e o respeito pelas contribuições de diferentes perspectivas e ideias sonoras.

A metodologia está centrada em atividades práticas e interativas, começando com a exploração e coleta de sons do cotidiano pelo aluno, incentivando a investigação e curiosidade. O uso de tecnologias simples, como celulares ou gravadores, permite que os alunos capturem e tragam para a sala a diversidade sonora de seus ambientes. De volta à sala de aula, a metodologia prioriza a análise e discussão coletivas dos materiais coletados, promovendo a reflexão sobre as diferentes qualidades sonoras e sua possibilidade de uso como elementos musicais. A composição em grupo de uma sinfonia a partir dos sons capturados viabiliza o aprendizado colaborativo, onde a troca de ideias e experimentação sonora são fundamentais.

A atividade foi concebida para ser realizada em uma única aula de 50 minutos, garantindo que todas as etapas - coleta, análise e composição - possam ser executadas de maneira integrada e contínua. A aula começa com uma introdução expositiva, situando os alunos sobre a importância dos sons no cotidiano e como eles podem se converter em elementos musicais. Segue-se a prática de coleta de sons pelos alunos em um ambiente próximo, retornando para a sala de aula para a atividade final de composição em grupo. A aula é assim pensada para proporcionar um fluxo contínuo e dinâmico, mantendo os alunos engajados durante todo o processo.

Para a realização desta atividade, os alunos necessitarão de celulares ou gravadores, facilmente acessíveis, para a coleta dos sons. Esses dispositivos permitiram maior liberdade na exploração do ambiente e acesso individual à atividade, respeitando a aprendizagem cada aluno. Os recursos incluem, ainda, um espaço aberto nas imediações da escola para a coleta dos sons e materiais de suporte, como quadros e pincéis, para a etapa de discussão e organização dos materiais coletados. A simplicidade dos recursos permite que a atividade seja inclusiva e acessível a todos os estudantes.

Reconhecemos a complexidade do trabalho docente e a importância de se promover a inclusão de forma prática e eficiente. Com esta abordagem, todos os alunos terão oportunidades iguais de participar da atividade, sem a necessidade de adaptações onerosas. Ainda que não hajam condições ou deficiências específicas entre os alunos atualmente, é importante estar preparado. Para garantir a acessibilidade universal, estratégia de comunicação deve ser clara e adaptada, se necessário, para garantir que todos compreendam as instruções e tenham suas contribuições consideradas. Adaptando as discussões e atividades para se adequarem às diferentes formas de expressão dos alunos, conseguimos promover a pluralidade e o respeito às diferenças inerentes ao ambiente escolar.